Postado por: Rafael VE março 28, 2011

Prost x Senna.
Alain Prost foi considerado um "professor do autocontrole", pois às vezes não procurava a vitória, mas os pontos que interessavam. Exatamente o oposto de um cara que é um ídolo de que qualquer brasileiro, mesmo daqueles que nasceram após a sua morte: Ayrton Senna. O ideal de que a vitória é sempre o único resultado interessante que fez do Senna um ídolo. Ele deixou de fora das pistas a pura razão e lógica dos pontos. 

Silas prefere o Prost.
Nós nos apaixonamos pelo Senna por causa da motivação incessante que a vitória lhe causava. É por essa mesma razão que não nos conformamos com o resultado do Avaí no domingo. Já para o Silas, desde 2009 essa história de vencer sempre, não importa o porquê, não cola. Não é a primeira vez que o Avaí para entrar em campo somente para manter condicionamento físico. Naquele quadrangular final do Catarinense 2009, o Avaí também entregou um jogo, perdeu 15 meses de invencibilidade na Ressacada. Naquele dia, praticamente escolhemos a Chapecoense para enfrentar na final.

A escolha de domingo passado.
O Avaí não entrou em campo contra o Joinville para perder, apesar de haver contestações - alguns preferem dizer que nem entramos no gramado. Mas também não foi para ganhar. Se viesse a vitória, tudo bem, tanto faz. Ficou evidente o que estava na cabeça dos jogadores: o que importa mesmo é estar inteiro para a Copa do Brasil e para o Clássico. Nenhum pendurado levou amarelo. Coincidência?

O real significado da derrota.
O que mais pegou mesmo, o que mais chateia qualquer avaiana, é que essa escolha fria e calculista tem um lado postivo e um negativo. Vamos com força total para dois jogos muito importantes, mas levamos quatro buchas de um time que, sabemos, não tem nem pinta de campeão. Fiquei, ao menos eu, com gostinho de que sacrificamos um pouco da nossa honra em nome de conquistas maiores.

O medo.
Quarta-feira enfrentamos o Ipatinga e podemos fazer história na Copa do Brasil, com um empate em 0x0 ou qualquer vitória simples. No domingo, o clássico. Não existe avaiano na face da Terra que não esteja com medo de que o modo como jogamos em Imbituba tenha sido a exceção e o de Joinville a regra. Aí toda essa teoria de Silas preferir o Prost e tudo mais será só blá blá blá de quem ainda não caiu na real.


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