Postado por: Rafael VE fevereiro 04, 2011

Desculpa, se veio para ler sobre, especificamente o Avaí, hoje veio para o lugar errado. O nome do blog, esse aqui em que escrevo, não é definitivo. Só é assim porque não arranjei algo melhor e simplesmente porque  ser "mané" é uma marca praticamente registrada da nossa gente. Defender nossa gente é, então, algo obrigatório neste espaço. Mas, se não quiser se incomodar com outra coisa que não futebol, saia daqui agora. Mesmo.

Agora sim, escrevendo somente a quem quer se incomodar, consigo me sentir plenamente à vontade acerca de um assunto que influi muito pouco no futebol, em si, mas que já estragou muito da magia de ir aos estádios: violência policial.

A notícia que me fez parar as máquinas e pensar bem no caminho em que estamos tomando, como sociedade, é a criação de um batalhão de choque, comandado pelo tenente-coronel Newton Ramlow. Um batalhão de policiamento de choque, que pode chegar a 250 soldados, com atuação no estado inteiro.

Apresento alguns fatos sobre a atuação da PM sob o comando do tenente-coronel supracitado e uma declaração absurda do mesmo:

O abuso de autoridade e a truculência policial
são características do 4º Batalhão da PMSC.
Agora, isso será estendido para todo o Estado.
- "Eu combato os movimentos sociais de Florianópolis";
- A desmoralização da PMSC, por Cesar Valente;
- Polícia Militar invade a UDESC (vídeo);
- Sem motivos convincentes, a torcida do Avaí foi, inconstucionalmente, proibida de utilizar artigos rosas na Ressacada. Nem mesmo meninas, crianças. Boatos afirmam que o tenente-coronel é um dos fundadores da principal torcida organizada do maior rival do time da Ilha;
- "Sindicância vai apurar gravação em que PM manda ignorar ocorrências em rua de Florianópolis. A determinação é do comandante-geral da Polícia Militar em Santa Catarina" - Manchete do DC em 13/09/2009.

Não tenho problemas em afirmar que considero colocar 250 homens com a alcunha de batalhão de choque sob o comando deste senhor é uma ameaça aos princípios democráticos estabelecidos na Constituição. Um retrocesso para a sociedade. Nós assistiremos a isso calados, como sempre? 

Façamos um Clássico em paz. Sem que seja necessário depender do tal batalhão de choque...

PS.: Processe-me se achar que não tenho o direito de pensar assim. Expus os fatos, as evidências.

Não confio no comandante do novo batalhão de choque, mas tento entender em parte a sua maneira de agir e pensar. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, admitiu o problema da educação dos quartéis ao anunciar a reformulação do currículo das Forças Armadas. Isso, para mim, é o suficiente.

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