Postado por: Rafael VE fevereiro 01, 2011


Num panorama geral, do que carece o Avaí em 2011? Moisés Cândido é a resposta.


A ética 
Quando Moisés Cândido saiu do Avaí, não disse uma letra sobre o que acontecia nos bastidores do clube. Um verdadeiro gentleman, sabia que já estava substituído sem ao menos sair do cargo oficialmente. Simplesmente sabia onde estavam os erros e não cabia a ele, já destituído, apontá-los. Seria prejudicar o trabalho dos sucessores de forma pouco ética.

A coerência
Ouvir Moisés Cândido era o equivalente a esperar pelas entrevistas do Silas após os jogos. Era simplesmente a sensação reconfortante de haver uma voz serena, firme e coerente nos momentos bons e ruins que vivemos desde sua chegada, em 2007. Quem não se lembra daquelas firmes palavras públicas, em 2009, quando nosso técnico tentava usar o TCR e pedia por um medalhão e ouviu, claramente, que "o Silas é o próprio medalhão."!?

Experiência e competência
Quando o Avaí amargou 10 rodadas sem vencer no primeiro ano de Série A na sua História, mesmo período em que Silas pediu pelo tal medalhão e ouviu o que precisava, Moisés tomou as rédeas da situação. Chamou treinador, jogadores, praticamente forçou uma mudança de esquema e finalmente disparamos rumo à sexta colocação do Campeonato Brasileiro. Foi o ano em que ficou evidente a boa influência exercida por Moisés tanto sobre o elenco quanto sobre o inexperiente técnico.

O trabalho acima de tudo
Moisés saiu alegando não ser mais ouvido no Avaí. Está fazendo um ótimo trabalho com o time do Joinville, mesmo tendo falado nas rádios em alto e bom som, após a ecatombe que Caio causou, ano passado: "Se alguém duvida de que o Avaí tem a maior torcida do Estado, não tem mais o que alegar.

Ninguém em Joinville se importou com a avaianidade assumida daquele competente senhor de cabelos grisalhos. O que importa é título que ele está garimpando cuidadosamente com os poucos recursos que tem.

A comparação
Em 2008 e 2009, com Moisés Cândido nas rédeas, o Avaí conquistou tudo que pôde. Em 2010,  conquistou o bicampeonato estadual e amargurou a pior campanha de um time catarinense na Série A. Em 2011 começamos sem sequer marcar um gol no campeonato, já passadas cinco partidas.

Alguns dirão que é mera coincidência que os resultados do time estejam interligados com esse perído em que Moisés foi sendo cada vez menos ouvido ao longo de 2010 até ser afastado de vez em 2011.

Os fatos atuais
Primeiro, ouvi o senhor Fábio Araujo, aquele que só veste preto, branco e verde, garantir que conquistaremos o título estadual, coisa que nunca ouviria da boca de Moisés. Segundo, olhei para a colocação do Joinville na competição. 

Conclusão
Cada um faz a sua. Para mim já está claro, desde metade do ano passado.

Faço eco a quem sempre tratou a torcida avaiana com o respeito que merece.
Reedição do post: o vitorioso zagueiro Cássio, por pertencer à LA Sports, não foi apresentado oficialmente. Iria fazer um post novo sobre isso. Pra quê? Volto a repetir, é de homens como Moisés Cândido que o Avaí precisa. Não de covardes.


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