Postado por: Felipe Matos junho 07, 2010

Competente, experiente, lúcido, Moisés Cândido dispensa apresentações e comentários, muito menos questionamentos sobre a qualidade de seu trabalho. No entanto, alguém pode me explicar a declaração do dirigente avaiano após a partida contra o Fluminense sobre a situação do volante Frédson?

Sobre o fato de não estar sendo aproveitado por Péricles Chamusca, Moisés declarou: "a primeira impressão é a que fica, e quando Frédson se apresentou aqui no Avaí ele se apresentou com um percentual de atrofia em relação de uma coxa para outra (...) de 13 % com relação de uma perna a outra, você entendeu? E ele não conseguia fazer as atividades dele, e dai automaticamente caiu, assim, num descrédito..."

Não, não entendi. Como assim se contrata um jogador a um custo mensal de 20 mil reais e não sabe que ele está machucado? Não foram feitos testes físicos e clínicos antes de sua contratação? Tenho certeza que sim, mas, então, qual é a diferença para o caso do Dinélson, que até o momento não tem condições de fazer suas atividades? Dinélson cairá também no descrédito?

Frédson já está recuperado e jogando. Dinélson ainda não. O DM avaiano vem se especializando em contratar jogadores machucados, pois apresentam um custo reduzido na aquisição. Foi assim que surgiram jogadores como Lé Gago, Marcinho Guerreiro, Leonardo, Frédson e agora estamos esperando por Dinélson, Marcelinho, entre outros. Portanto, não entendi a declaração.

Sabia-se sim que Frédson estava com o problema e mesmo assim o contrataram a um custo relativamente alto. Ele já está recuperado e joga a Copa SC. A justificativa para seu não aproveitamento é outra que não esta dita por Moisés Cândido. Qual é, não sei, mas esse tipo de declaração põe em dúvida o discurso do "Planejamento", o que não é bom.


Sabe-se que uma parte do elenco avaiano para 2010 foi montado antes mesmo da contratação de Chamusca e sem o aval do treinador. Isso foi reconhecido e declarado aos jornais pelo próprio Moisés , na semana em que apresentou-se o nome de Chamusca como técnico.


São coisas normais do futebol e da montagem de um grupo, o que estranho é que não me parece ético declarar para o mundo ouvir que a culpa, agora, é do jogador. Ou Frédson cometeu alguma falha extracampo ou houve erro em sua contratação, seja por falta de qualidade do jogador ou pelo preço que se paga. Não há outra justificativa, muito menos declarar que ele apareceu aqui machucado.

Para conferir a declaração de Moisés Cândido,basta adiantar até 5:38 do vídeo acima, produzido pelo Infoesporte.

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