Postado por: Eduardo Roberge Goedert março 09, 2010

Em visita ao sítio eletrônico da Federação Catarinense de Futebol, a entidade que comanda o futebol (nem tão) profissional em Santa Catarina, caí na gargalhada ao me deparar com o banner ostentado na parte superior da página.

Neste, ao lado do logotipo da Federação, há o revezamento de várias fotos, que ficam mudando sozinhas. O choque, no entanto, fica por conta do teor das imagens, que, em sua maioria, exaltam a figura de Delfim.

Destaque à montagem do meio. Seu título poderia ser "São Delfim, o padroeiro do futebol catarinense"
(Clique para ampliar)

Não bastasse, percebo que a sessão "Fotos" do portal em comento fora transmutada numa espécie de fotolog pessoal do dito cujo. Hilário, pensei. Nem o site de Cuba chega a tal ponto.

Após um momento de reflexão, no entanto, não vi mais graça, quedando-me horrorizado: a exacerbada vinculação da imagem de Delfim à instituição em apreço não é apenas motivo para constrangimento alheio ou boas risadas, mas principalmente para lamento.

Não que eu esperasse grandes coisas do atual - pretérito e futuro, pelo visto - presidente da entidade, mas creio que poderia haver, ao menos, respeito aos mais evidentes preceitos éticos que deveriam nortear a atividade administrativa do gestor de uma associação - dentre os quais a cara impessoalidade.

Em decorrência da antidemocrática sequência mandatária de Pádua Peixoto Filho, o qual permanece na presidência da FCF desde 1985 (!), a mencionada entidade já não possui mais identidade autônoma. A imagem de Delfim confunde-se à da Federação, como se aquele fosse o proprietário desta.

Trata-se, sem dúvida, de um dos excrementos da época varzeana do futebol nacional, quando a adoção de premissas monarquistas era a regra... Hoje, a exemplo do passado, o que vemos é isto: reiterado impudor e descaro.

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