Postado por: Eduardo Roberge Goedert março 18, 2010

É de se comemorar a notícia de que o Avaí adotará, em breve, o chamado sistema de numeração fixa, que fará com que cada jogador do elenco avaiano tenha seu número de camisa próprio, bem como seu nome grafado no uniforme.

Embora se suspeitasse que a diretoria tomaria esta atitude em breve, somente esta semana houve uma declaração do presidente Zunino a respeito de tal, confirmando que o Avaí usará a numeração fixa.

Sempre defendi a medida em tela, por crer que a numeração exclusiva seria capaz de dar maior identidade ao jogador no clube, de fornecer melhor organização ao time e, principalmente, de alavancar a venda de camisas.

Quantos haveriam comprado, caso vigente o sistema de numeração fixa no ano passado, a camisa número 10 de Marquinhos? Vou além: Hipoteticamente, quantos comprariam, em 2008, uma camisa número 22 de Jeff Silva, nem que fosse pra fazer graça?

Alguns clubes brasileiros recentemente adotaram a mencionada estratégia, caso, dentre outros, do Vasco, São Paulo e Corinthians. Outros muitos estudam recepcionar esta medida.

Na Europa, onde se utiliza essa numeração desde os anos 80/90, alguns jogadores lendários serão lembrados pra sempre por seu número - raros alcançam, inclusive, a imortalização deste -, outros duram apenas uma temporada. Todavia, todos que ingressam no clube têm seu número fixado. No caso extremo de Thierry Henry, a venda de camisas deste, de número 14, pagou a sua contratação pelo Barcelona em poucas semanas. O torcedor que gosta do jogador quer um produto do jogador.

Ressalte-se que a numeração fixa não significa que números esdrúxulos serão corriqueiramente utilizados. O clube pode, inclusive, ditar parâmetros para a escolha dos números pelos atletas, evitando que estes optem por números altíssimos, fora dos padrões futebolísticos.

Em épocas passadas, onde o amadorismo na gestão do clube fazia com que por este passassem centenas de jogadores em um curto espaço de tempo, seria inviável a adoção deste sistema de numeração. No entanto, hoje em dia, com uma política mais sólida de contratação e a maior manutenção de elenco, acho que a medida é muito bem vinda.

E aí, vai querer comprar a camisa n. 4, de Émershow; a n. 9, de Vandinho; ou a n. 18, de Roberto? Só uma ressalva: a número 12, sabe-se, ninguém poderá usar, pois pertencente, de forma vitalícia, à massa avaiana!

Sistema de comentários Disqus

- Copyright © vidAvaí - Skyblue - Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -