Postado por: Felipe Matos janeiro 29, 2010

Um dos assuntos do dia na blogosfera é a ausência de Sávio nos holofotes do marketing esportivo avaiano. Não me preocupo, acho que tudo tem seu tempo. Segundo depoimento da diretoria avaiana em reunião na Ressacada com os blogueiros (aquela mesma reunião das mensalidades), a falta de confetes e holofotes é um pedido do próprio Sávio.

Experiente, o jogador carrega - e não é de hoje - o peso de ser um astro e de ser obrigado a chamar para si a responsabilidade dentro de um time. Há um ano sem jogar, Sávio talvez tenha preferido diminuir o brilho dos holofotes e concentrar-se na pré-temporada e na sua volta aos gramados.

Holofotes e concentração são pontos divergentes? Para um Viola, não. Para Sávio, talvez sim. E qualquer pessoa que acompanha o futebol há no mínimo 15 anos pode confirmar que os perfis de Sávio e Viola sempre foram diferentes. Viola cresce quando ligam as câmeras, Sávio sempre foi relutante, tímido, reservado. Tanto que seu futebol só cresceu a partir de 1997, quando o jogador finalmente assumiu para si a condição de ídolo de "100 milhões de dólares".

Sávio não veio a passeio, como ele mesmo declarou. Quer voltar a jogar e em alto nível. Não quis holofotes porque talvez precise de um tempo para si, para concentrar-se, manter-se focado. O melhor marketing que o Avaí terá com o jogador é uma série de grandes exibições, jogos e jogadas inesquecíveis, uma grande temporada para fechar com chave de ouro uma bela carreira.

É claro que o fato de Sávio não querer fazer de sua volta um circo não impede o Avaí de capitalizar em cima de seu nome e imagem. A camisa 10 de Sávio - já nas lojas - deveria ser a camisa 10 de Sávio e não de Odair ou Davi. Mas, Sávio jogará um futebol de camisa 10? Talvez depois de segunda-feira, quando Sávio estreiar, a resposta seja dada. Daí a camisa 10 de Sávio será dele. Por direito, não por marketing.

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