Postado por: Rafael VE julho 26, 2009

Sábado de vento sul forte, de muita chuva e frio. Um daqueles dias para ninguém em sã consciência sair das cobertas sem que houvesse obrigação para tanto. Aquela noite de 11 de julho de 2009 foi assim - e, mesmo para os mais incrédulos, 6.000 avaianos estavam na Ressacada para apoiar o time após uma derrota de três a zero frente ao Palmeiras em nossos próprios domínios. Vieram os gols adversários, e com eles, as vaias. Naquele dia em que nem o capeta teria saído da cama, 6 mil avaianos indignados estavam enfurecidos pelo futebol (ou pela falta dele) apresentado em campo. Ali tinha início mais um capítulo da initerrupta simbiose que nos acomete, Avaí e avaianos.

Imediatamente Nossa Senhora da Ressacada mexeu com os brios dos guerreiros alvicelestes - aqueles do campo, da arquibancada, da Diretoria. Ela intercedeu dizendo: "se continuar assim, nem o vento sul ajudará". O recado foi entendido. Alguma coisa mudou, e só eles lá dentro do clube sabem o porquê e exatamente o quê - e só eles lá dentro é que devem ficar sabendo mesmo. O que nós sentimos, apreensivos, aqui de fora, e mesmo assim tão conjugadamente, foi: mudou o Silas, mudou o time, mudou o resultado. A vitória da vergonha-na-cara.

O Leão da Ilha foi viajar o país, sob o olhar esperançoso da nação que jamais o deixará só, e mostrou porque "esse Avaí faz côza": dois triunfos longe do Carianos.

Na volta à boa terra dos manezinhos, uma autêntica peleja: prevaleceu a verdadeira imortalidade, da raça avaiana. Com o acordar definitivo dela, também nós, torcedores, sentimos o orgulho e a força cantar, pular e empurrar- e toda nossa voz parecia estar em cada dividida, vencida ou perdida.

Ontem, se havia alguma dúvida de que em Santa Catarina há torcida mais apaixonada do que nós, que vamos em 5 mil pessoas em treino, 3 mil no Maracanã, 1500 no Beira-Rio, não há mais. Ontem, o Avaí provou em campo e nas arquibancadas porque merece ser um dos grandes do Brasil. Foram 2600 malucos em Curitiba, estoques de cerveja esgotados em alguns bares despreparados para a invasão, torcedores avaianos sem ingresso. Imediatamente veio à cabeça a já célebre frase: "Ahhh, eles não conhecem o Avaí."







"Permita que os nossos se multipliquem e invadam estádios pelo mundo afora, como uma onda em azul e branco. Avaianos em pé, chegou a nossa hora."

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