Postado por: Eduardo Roberge Goedert julho 16, 2009

A feliz história do jogo de ontem, contra o Goiás, no Serra Dourada, todos já conhecem. Queria, no entanto, fazer algumas considerações quanto ao esquema tático utilizado pelo Avaí nesta Quarta-feira, sem emitir opinião no que tange às peças utilizadas por Silas.

Muitos acreditavam que o 4-4-2 era o grande culpado pela péssima fase do Avaí. O clássico esquema, diziam, não protegia suficientemente a zaga do time alviceleste, fazia bater de frente nossa fraca equipe com os adversários mais qualificados.

O maestro Silas, ao armar a vitoriosa equipe de ontem, ouviu o recado e modificou a estrutura do meio-campo avaiano, montando o que a cultura futebolística costuma alcunhar de "losango": Ferdinando, Marcos Winícius, Léo Gago e Marquinhos constituíram um setor sólido, de marcação e boa saída. O imparável Muriqui, justamente por ser praticamente incansável, fez o papel do quinto homem de meio-campo, o homem mais próximo do avante isolado, William, e responsável por puxar os contra-ataques do Leão. Ao meu ver, o time iniciou a partida num 4-5-1 que, por vezes, tornava-se 4-4-2 (4-3-1-2). Em que pese o posicionamento defensivo alternado de Ferdinando e Marcos Winícius em algumas oportunidades do jogo, não consegui vislumbrar um verdadeiro esquema com três zagueiros, como apontaram a imprensa e alguns amigos avaianos.

A título de ilustração, achei na internet o esquema habitualmente utilizado pelo Internacional, de Porto Alegre. A figura abaixo trata da formação usada no primeiro confronto da Final da Copa do Brasil, em esquema muito parecido com que o Avaí jogou ontem (e deverá continuar jogando):


A formação com três volantes é a minha preferida desde o eficiente time de 2004, que possuía, na meia-cancha, um losango formado por Marcos Basílio, Juliano, Marquinhos Jr. e Marquinhos Paraná (este último como armador), às ordens de Roberto Cavalo.

Na segunda etapa, ao ver que o Avaí era superior e que o Goiás concentrava praticamente todas as suas investidas pelo lado direito, com o jovem e talentoso Douglas, Silas sacou o discreto Michel e meteu Luiz Ricardo como ala ofensivo pela direita, mesma mexida que fez no jogo contra o Barueri, mas desta vez empurrando o time para a vitória.

O resto, vocês já sabem.

Para o próximo jogo, fico com a certeza de que Silas manterá três volantes. Não sei, no entanto, se manterá sua composição...

E você, concorda, discorda, desconcorda?

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