Postado por: Felipe Matos junho 25, 2009

É sempre assim quando ressurge o assunto Medalhões no Avaí. Palpites, palpites, especulações, especulações, sugestões infinitas, críticas...

Após o jogo contra o Fluminense, Silas falou que talvez falte um atleta medalhão, reconhecido nacionalmente, que imponha respeito aos árbitros "boca-mole", daquele tipo de juiz que não marca falta se Ronaldo dá ponta-pé ou marca falta se alguém encosta em Fred.


Talvez Silas queira esse jogador, ou talvez estava apenas sendo irônico com a arbitragem. A imprensa (nada) local já se apressou a dizer que a diretoria avaiana recusou o pedido de Silas, em mais uma amostra de incompetência e/ou má fé.

Na comunidade do Avaí no Orkut sempre pipocam sugestões, algumas plausíveis, muitas fora da nossa realidade, Cafú e Denilson são os primeiros a serem lembrados. Então, se é para cornetar, deixa eu dar meu palpite também!
Minha sugestão é: Marcos Assunção.

Marcos Assunção, ex- São Paulo, Flamengo, Santos, Seleção Brasileira, Roma, Bétis? Muito caro!

Olha como o atleta é descrito pelo site português Planeta Futebol:
É, actualmente, um dos maiores especialistas do futebol mundial na transformação de livres directos. Em folha seca ou com uma párabola telecomandada que ganha vida, força e efeito, no ar, os seus remates parecem guiados por uma entidade superior. São as suas chuteiras. Com elas, e nove golos de livre, o Bétis chegou à Liga dos Campeões.
À frente da defesa, no única posição em que um jogador pode ser mais lento na organização de jogo, Marcos Assunção é um volante que raramente falha um passe. Pede a bola, recupera, levanta a cabeça, toca ou sai a jogar. Raramente imprime grande velocidade ao jogo, mas a forma lúcida como abre nos flancos ou verticaliza jogo fazem dele um médio defensivo de grande nível tático-técnico. Um companheiro perfeito para Léo Gago e até parecidinho com Marcos Winicius o cara é...(fisicamente, claro)

Calma, deixa que eu explico... Li essa semana no Blog de Cosme Rímoli uma entrevista muito interessante com o jogador e que despertou esse espírito de corneteiro que há em mim.


Marcos Assunção surgiu no Rio Branco de Americana. Depois foi para o Santos, Flamengo, voltou para o Santos e de lá para a Seleção Brasileira. Daí, Roma, Betis e Al Ahli e Al Shabab,ambos dos Emirados Árabes. Aos 32 anos, com os mesmos 73 quilos que começou a carreira, ele está de volta para atuar no clube brasileiro que quiser.

Uma carreira de três anos no Brasil e uma década no Exterior. O jogador se diz bem resolvido financeiramente, logo, o salário não é uma prioridade.

Confira trechos da entrevista publicada no referido Blog:

Marcos, qual é a sensação de voltar ao Brasil? E bem resolvido financeiramente? Dirigentes dizem que é um investimento de risco já que pode faltar vontade de jogar...

São duas coisas bem diferentes. A primeira é estar tranquilo financeiramente. É uma grande preocupação a menos no futebol. Você sabe que seus familiares estão bem, têm onde morar e vão viver bem. É isso que qualquer trabalhador luta para conseguir. Outra coisa é a falta de vontade de jogar. Eu tenho muita gana de entrar em campo vestindo uma camisa de um clube brasileiro. Joguei pouco demais no Brasil, só três anos. Lá fora foram dez. Eu não quero enganar ninguém. Quero jogar com a mesma gana que eu sempr joguei. O Al Shabad queria renovar o meu contrato. O Toninho Cerezo, o treinador, pediu para eu ficar. Mas, deu. Eu quero jogar aqui no meu País. Como foi ficar tanto tempo longe do futebol brasileiro? Se dependesse de mim, ficaria no Brasil. Mas lá fora é que estava o dinheiro. Eu saí para buscar o melhor para a minha família. Joguei por times fortes, representativos. Tive ótimas experiências. Não tenho o que reclamar. A minha carreira é muito boa.

[...]

Mas e você? Vai jogar onde? Já procurou clube?

Eu tive uma rápida reunião com o presidente Belluzzo do Palmeiras. Conversamos assim que cheguei ao Brasil. Faz quase duas semanas. Ele sabe que estou livre e em ótima forma física. O presidente iria conversar com o Luxemburgo. Mas como ninguém me ligou para dizer sim ou não, acredito que não deva rolar. Se me quisessem, já teriam me ligado. Meu empresário entrou em contato depois com o Santos. E o Mancini disse que não precisava de mais um volante. Tudo bem. Não vou me oferecer, mas muita gente ainda nem sabe que estou de volta. Sem compromisso com ninguém. Estou ótimo fisicamente. Em plena forma. O Cerezo queria muito que eu renovasse contrato. Só que chega de atuar no Exterior. Estou louco para jogar de novo no Brasil. Quero ter de novo a sensação de marcar um gol no meu País. Já tenho mais de cem na minha carreira. Quero ser campeão por aqui. Comemorar em português. Quero escolher com calma o clube. Agora posso ter calma e escolher o melhor para mim.


Um craque consagrado, mas nem tão badalado (rejeitado por dois times grandes de São Paulo), de talento comprovado e reconhecido, não preocupado necessariamente com altos salários, só quer jogar no Brasil num bom lugar para sua família... O Avaí oferece um pouco de tudo: um salário não muito grande, mas em dia, um tecnico de renome internacional, parceria com L.A. Sports/Traffic, uma vaga de volante no lugar de Marcos Winicius (Assunção é ótimo saindo de trás como Léo Gago, mas com 32 anos seria um pouco mais fixo atrás, como já jogou tanto no Brasil como no exterior...), uma diretoria séria e de bom nome, uma cidade que é especial para quem se preocupa com a família...

É...seria bom! Mas, antes que surjam outros corneteiros com os tradicionais "não queria nem de graça", "ex-jogador", "esse eu não quero nem no Canto do Rio", e outros bordões já conhecidos, não custa lembrar que este post é só mais um capítulo de "Sonhos de um corneteiro avaiano!"...

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